sábado, 31 de janeiro de 2009

MAKE YOUR CHOICE

Kaos Underground – Com as bandas Último Grito, Presence Death, Rancor, Nothing, Sleipnir, Náusea, Exclusos, Bloodseeker e Boca de Lixo. Teatro Dandhara – Praça Noêmia Meireles, Centro, Simões Filho. Ingresso: R$ 4,00. Sábado, 31/01, às 13h.

II Fim – Festival de Música Interativa. Com as bandas Ignivomus, Modus Operandi e Latromodem. Bar Biriteria Blue – Largo da Boa Viagem. Ingresso: 1 Kg de alimento não perecível. Sábado, 31/01, às 16h

Opus Incertum/ ET 26/ The Futchers/ Pastel de Miolos/ Banda de Rock - As bandas realizam show na Rock'n'sandwich. Rua Osvaldo Cruz, 599, Rio Vermelho (3248- 5190). Ingresso: R$ 5,00. Sábado, 31/01, às 20h.

Quem Tem Medo do Festival de Verão? – O DJ Big Bross comanda a festa. Boomerangue – Rua da Paciência, 307, Rio Vermelho (3334-5577). Ingresso: R$ 12,00. Classificação: 18 anos. Sábado, 31/01, 23h.

Festival de Verão – A cantora canadense, Alanis Morissette, é a atração no último dia do evento. Parque de Exposições – final da Av. Luiz Viana Filho (Paralela), s/n, Itapuã. Ingresso: R$ 150 (camarote Seda), R$ 70 (camarote Pepsi), R$ 60 (pista/ inteira) e R$ 30 (pista/ meia). Sábado, 31/01, às 19h.

Nação Zumbi e Vivendo do Ócio - No projeto MPB Petrobras. Concha Acústica do TCA (Praça Dois de Julho, s/n - Campo Grande). Domingo, 01/02, 18h30.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

A.A.
Por Led Beslard


Foto: Anderson Souza

Silêncio? – Um som!
Nome? – Ninguém!
Talvez algum dia,
Por todos os dias,
Serei livre de mim mesmo.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

REPRISE, REPLAY, REPETECO... DE NOVO!?
Por Anderson Souza


thexic.wordpress.com

Nesta quarta-feira começa a maratona de 4 dias de música na 11ª edição do Festival de Verão Salvador. O espaço do Parque de Exposições será dividido entre palco principal e alternativos com mais de 100 atrações. Este ano, com o slogan da mistura, o evento promete agradar gregos e troianos.

Apesar da interessante idéia de misturar ritmos diversos, vejo algumas dissonâncias nas escolhas feitas para determinados dias. Mas, tudo bem! Isso é um evento para ganhar dinheiro, não para fazer a vontade da plebe. Sem contar que a produção do festival insiste em repetir suas atrações, salvo pequenas exceções. O pior é que muitas dessas repetições estarão à disposição de todos, semanas depois, de graça, na avenida, pois já será carnaval. Melhor que misturar gostos musicais, acredito, é renovar esse cast manjado e ultrapassado de todos os anos (Chiclete com Banana, Daniela Mercury, Asa de Águia, Capital Inicial, O Rappa, Jammil e Jota Quest, Eva).

Entre as novidades de 2009 está a redução das apresentações por noite, que antes chegavam a 8 e agora serão apenas 5. Com isto, os artistas terão mais tempo para executar suas músicas. Haverá também duas noites de encontros, a do samba e a do forró. Sem dúvida os palcos alternativos estão bem melhor abastecidos de atrações interessantes que o palco principal. Contudo, o que mais tem causado euforia no público é a atração internacional do grande palco, a cantora canadense Alanis Morissette, que, cá pra nós, é a salvação dessa mesmice instalada.

Particularmente, acho que a permanência da cantora Ivete Sangalo é correta. Ela é a única artista que participa do festival desde seu início. Não seria justo, neste momento, pôr fim à unanimidade da cantora que tem representado positivamente a música baiana, com profissionalismo, independentemente do estilo que desenvolve.


Divirtam-se!

sábado, 24 de janeiro de 2009

1, 2, 3... GRAVANDO!
Por Anderson Souza


fotolog.net/jelmet

Realizando gravações e mixagens de importantes bandas de rock do cenário soteropolitano, como a Cobalto, Drearylands, Lumpen, Malefactor, entre outras, Jerônimo Cravo Rio Branco, ou Jera Cravo, como é popularmente conhecido, tronou-se um dos mais requisitados profissionais da música em Salvador. Principal responsável pelo estúdio Vértice, divide seu tempo entre produzir e tocar. Baterista de longa data, passou por diversas bandas, todas de expressivo destaque no meio rocker. Nesta entrevista, Jera nos fala sobre sua formação, suas atividades como empresário, produtor, engenheiro de som e músico, além de gentilmente esclarecer alguns detalhes de um processo de gravação.

New Brutality – Você é formado pelo Musicians Institute, Los Angeles – Estados Unidos. Como foi todo esse processo de estudo fora do Brasil?
Jera Cravo –
Me formei no RIT (Recording Institute of Tecnology) que é o curso de áudio, ou era o curso de áudio na época, em 2001. Na realidade eu já estava nos EUA e o curso apareceu como uma oportunidade que não pude recusar. O início, logo, foi um pouco "tenso", pois eu ainda não estava 100% familiarizado com o inglês técnico para o curso, mais em algumas semanas tudo foi se normalizando.

NB – O Vértice é um dos mais conceituados estúdios de Salvador. Há quanto tempo você comanda o estúdio?
Jera –
Eu fui dono sozinho do Vértice de maio de 2002 até outubro de 2008. Agora sou sócio do Estúdio 60, que é a fusão do Vértice com o Sonora, além de outras atividades, como estúdio de Tattoo, customização de roupas e Vibrato Sonorização.

NB – Além de produtor musical você também é baterista. Por quais bandas passou?
Jera –
Em ordem cronológica hehehe. Tênis Surrado, onde sentei numa bateria pela primeira vez, Pimps, Dive, Cobalto, Automata, Lou, A Sangue Frio, Hoje Você Morre e Pessoas Invisíveis. E já toquei bateria em gravações para outros projetos que não esses citados...

NB – Como você concilia todas essas atividades?
Jera –
Antigamente era mais complicado, pois eu trabalhava os 3 turnos, fins de semana, etc. De pouco mais de um ano pra cá, regulei mais meus horários e tento sempre trabalhar como produtor/engenheiro de som nos horários comerciais, e aí fico com as noites e fins de semana livres pra tocar ou descansar...

NB – Para um produtor existe algum tipo de inspiração na hora de definir a estrutura de um projeto ou o importante é mesmo a técnica?
Jera –
A inspiração faz parte do trabalho, assim como a técnica. Um sem o outro limita muito seus horizontes. A identificação com a música é essencial, na realidade, a inspiração vem com a identificação, na minha opinião.

NB – Quais são, verdadeiramente, as necessidades e problemas enfrentados pelas bandas de rock soteropolitanas?
Jera –
Precisamos de profissionalismo, não só das bandas, mas dos produtores, das casas de shows, dos locadores de som, etc. Precisamos de mais casas para eventos. Precisamos de mais divulgação dos trabalhos. Os problemas são basicamente esses que citei, são problemas que causam as necessidades de soluções, mas que no fim das contas, eu não vejo uma mudança num futuro próximo.

NB – Você já produziu diversas bandas daqui de Salvador. Qual foi a que te exigiu mais tecnicamente na hora de gravar?
Jera –
Não vou citar nomes. O lance é que quanto mais insegura e inexperiente a banda, mais trabalho eu tenho para chegar onde queremos. Bons músicos com experiência fazem tudo acontecer mais fácil.

NB – Qual a principal importância da sala de gravação na hora de registrar um som de peso sem perder o punch e o vigor das músicas?
Jera –
A sala de gravação tem total influência no som da bateria, violão ou de instrumentos de sopro ou percussivos. Sala morta acaba com o "sustain" de um tambor por exemplo. Se a sala tiver muito grave, um violão de aço vai soar grave demais e você vai acabar tendo que corrigir depois, e por aí vai. Pra guitarras distorcidas, baixo e voz, normalmente, eu prefiro uma sala bem seca pra que ela influencie o mínimo possível na captação.

NB – Explique um pouco o que sejam as dobras de guitarras e qual sua função.
Jera –
Dobras são duplicatas, não idênticas, de uma determinada parte. Servem para dar peso nas guitarras distorcidas de uma base, por exemplo, ou para destacar um fraseado ou tema. Digo que são duplicatas não idênticas porque o músico deve tocar elas repetidamente, o mais idêntica possível para que fiquem com punch, mas nunca são idênticas, então isso cria uma dimensão diferente na sonoridade.

NB – Esse recurso se aplica a outros instrumentos?
Jera –
Eu não aplico normalmente. Só em guitarras, violões, algumas vozes, alguns metais. O resto só se estiver procurando uma sonoridade diferente.

NB – Qual o método de gravação que melhor se aplica ao rock?
Jera –
Na minha opinião, o mais cru e visceral possível, obviamente sem perder a qualidade. Sonoridade limpa, cirúrgica, artificial, pra mim, não é a melhor escolha. Porém hoje em dia a sonoridade mais artificial está dominando no rock moderno americano por exemplo.

NB – Qual a seqüência utilizada para gravação de cada instrumento?
Jera –
Normalmente, bateria, baixo, guitarras, vozes e efeitos/teclados.

NB – Há bandas que incorporam diversos efeitos às suas músicas. Na hora de gravar como funciona esse processo?
Jera –
Os efeitos normalmente são adicionados na mixagem, a não ser que, por exemplo, um guitarrista tenha um bom arsenal de pedais que queira usar, aí prefiro já gravar com os efeitos. Porém, normalmente os reverbs são adicionados depois, mesmo que o guitarrista tenha um pedal legal. Efeitos de voz, baixo, bateria, etc, todos são adicionados depois de gravados os instrumentos, na hora da mixagem.

NB – Sabemos que num estúdio podemos atingir inúmeras sonoridades para uma música. Como obter um bom som na gravação e conservar a qualidade e os detalhes de cada composição nas apresentações ao vivo?
Jera –
Nas estruturas que encontramos em shows em Salvador? É praticamente impossível.

NB – Quais são os direitos e deveres que um músico ou banda devem ter na hora de ir para o estúdio?
Jera –
Na minha opinião, os músicos devem saber tocar o que estão dispostos a gravar, de trás pra frente no escuro. Basicamente, deve dominar a técnica pra executar o que quer. Não estou dizendo que o cara tem que estudar pra tocar que nem um virtuoso ou sei lá quem. Mais se ele quer tocar uma guitarra cheia de nota, toque direito. O mesmo para o cara que quer tocar pouca nota, toque direito. Faça sua parte soar direito no instrumento. Essa é a obrigação número um mais que quase ninguém faz. O músico tem o direito de exigir atenção, respeito e capacidade técnica do responsável pela gravação, é o mínimo também, mas que nem sempre é assim.

NB – Qual dica você dá para quem pretende gravar?
Jera –
Estude sua parte, estude seu instrumento, sua técnica, seu som. Pesquise os estúdios onde pretende gravar, converse com os responsáveis, infelizmente, deve rolar um mínimo de simpatia com a pessoa com quem você vai trabalhar. O estúdio tem que ser organizado, tudo tem que estar claro sobre valores, horas, equipamentos. Ensaiem muito, ensaiem apenas baixo e bateria, baixo e guitarra, guitarras e voz, guitarras e bateria, conheçam a música que vão gravar.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

LANÇAMENTO!



A LDM – Livraria Multicampi e a Editora E-papers convidam para o lançamento do livro: POÉTICA DA MÚSICA UNDERGROUND - Vestígios do Heavy Metal em Salvador, de Jorge Cardoso Filho.

Apartir da análise de canções de heavy metal de bandas da cidade de Salvador, o autor oferece recursos para analisar e criticar a música massiva, seja underground ou mainstream.

Sábado, 24 de janeiro de 2009, a partir das 10h, na LDM. Rua Direita da Piedade, nº 20, Piedade, Salvador - Ba. (Quase em frente ao Banco do Brasil)

Mais informações:
2101-8007
eventos@livrariamulticultura.com.br

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

ALÉM DE MIM, VOCÊ!
Por Led Beslard



Para Geovana Monteiro

Contemplando o mar, percebi que não estava só.
Nem tão pouco cercado de uma inanimada natureza-morta.
Subsistia ali, sobre um alvoroço de ondas, uma vida pacata e serena
Que diante dos meus olhos refletia com perfeição e clareza
Aquele momento único de reflexão.
Diante de toda aquela revelação, deparei-me comigo mesmo
E tudo o que guardado está dentro de mim.
Mas, para minha mais completa alegria,
Num súbito estado de êxtase,
Descobri que em meu íntimo pulsava
– num compasso simples e harmonioso – um amor.
Um amor por tudo o que até então não havia se pronunciado
E agora, com certeza, desponta afirmando
Que na minha vida, além de mim, existe você.

sábado, 17 de janeiro de 2009

MAKE YOUR CHOICE

MÚSICA
Semente da Paz/ Dubstereo Sound/ Irmãos Carlos e o Catado/ Incrédula/ Lu Rutefor - As bandas e o DJ agitam a Pré-Bienal Ucsal de Arte e Cultura na Bahia. Universidade Católica de Salvador – Av. Cardeal da Silva, 205, Federação (9919-1775). Ingresso: R$ 5. Sábado, 17, 17h.

Pessoas Invisíveis/ Minerva/ Gigante Animal - As bandas de rock baianas e a paulista fazem show no Bar Rock Sandwich – R. Oswaldo Cruz, 599, Rio Vermelho. Ingresso: R$ 8. Sábado, 17, 22h.

Legião Urbana Cover/ Pinguim/ Samurai - A banda paulista e os DJs residentes agitam a festa Quem me Dera ao Menos uma Vez. Groove Bar – R. Marques de Leão, 351, Barra (3267-5124). Ingresso: R$ 25. Sábado, 17, 22h.

Demoiselle/ Bigbrother - A banda de rock recebe o DJ, além de René e Roberta da Aguarráz e Ricardo da Starla, em show acústico no Pátio do Icba – Av. Sete de Setembro, 1.809, Corredor da Vitória (3337-0120). Entrada franca. Sábado, 17, 18h.

O Círculo/ Adão Negro/ Muvida/ Preto Sábio - As bandas de rock e regage fazem show pelo projeto Bahia de Todos os Sons. Pç. da Cruz Caída – Pç. da Sé, Centro Histórico (3271-2828). Ingresso: R$ 50 (camarote) e R$ 20 (pista). Domingo, 18, 17h.

Vivendo do Ócio/ Pessoas Invisíveis/ Elipê/ El Cabong - As bandas baianas de rock e o DJ se apresentam na Boomerangue – R. da Paciência, 307, Rio Vermelho (3334-5935/ 3334- 5577). Ingresso: R$ 12. Classificação: 18 anos. Domingo, 18, 19h.

CINEMA
Favela On Blast, de Leandro HBL e Wesley Pentz. Sábado, 17, às 20h45. Saladearte - Ufba (Av. Reitor Miguel Calmon, s/n. Vale do Canela). Valor: R$ 12 (inteira) e R$ 6 (meia).

TEATRO
Hermanoteu na Terra de Godah - Com a Cia de Comédia Os Melhores do Mundo. Teatro Castro Alves – Pç. Dois de Julho, s/n, Campo Grande (3535-0600). Ingresso: R$ 70 e R$ 35 (A a W). R$ 60 e R$ 30 ( X1 a Z6) e R$50 e R$ 25 (Z7 a Z11). Sábado, 21h, e domingo, 20h. Até domingo, 18.

Comédia no Ventilador - Surpevisão: Nado Grimberg. Texto: Miguel Nader, Raphael Carvalho e Paulo Fernando. Teatro Isba – Av. Oceânica, 2.717, Ondina (4009-3689). R$ 50 e R$ 25. Classificação: 16 anos. Sáb, 21h e dom, 20h. Até domingo, 18.

Coração Materno - Adaptação e direção: Simone Requião. Com Cibele Lisboa, Beto Portugal, Moara Rocha, Fábio Bonfim, entre outros. Circo Picolino – Av. Octavio Mangabeira, s/n, Pituaçu (3363-4069). Sáb e dom, 17 e 20h. Até domingo, 18.

Casais – Pelo Buraco da Fechadura - Texto: adaptação da obra A Vida Como Ela É, de Nelson Rodrigues. Direção: Davi Maia. Com Edlo Mendes, Franclin Rocha, Gizela Mascarenhas, Nayara Homem, Rayara Almeida, Salete Souza , Tan Galdino e Ismael Marques. Teatro Martim Gonçalves – R. Araújo Pinho, Canela (3283-7862/ 3283-7868). Entrada franca (as senhas serão distribuídas a partir das 18h na bilheteria do teatro). Domingo, 20h. Até o dia 18.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

DOM JOÃO HENRIQUE II MANDATO
Por Anderson Souza


Fernando Amorim/Ag. A Tarde/Arquivo

Entre Agosto e Setembro de 2003, quando a cidade de Salvador era administrada por Antônio Imbassay, jovens de várias escolas e bairros resolveram tomar as ruas em manifesto contra o aumento da tarifa do ônibus. Na época, a passagem, que custava R$ 1,30, passou para R$ 1,50 e foi o estopim para que estudantes de diferentes idades parassem o trânsito em diversos pontos da capital baiana. A Revolta do Buzú, como ficou conhecida tal ação popular, repercutiu por todo o país. Infelizmente, o movimento não atingiu seu principal objetivo, qual seja, a redução da tarifa; porém, conseguiu conquistar outros direitos além de garantir que novos aumentos não fossem impostos (pelo menos, até o final dos dois anos seguintes).

Após a fase Imbassay, João Henrique Carneiro, filho de João Durval Carneiro, ex-governador da Bahia e atual senador, assumiu a prefeitura derrotando as expectativas carlistas de reeleição. Apesar do crédito dado a ele pela população soteropolitana, a atuação política de João Henrique foi considerada, por muitos, como a pior do Brasil. O mais estranho é que passados os quatro anos do seu mandato o candidato se reelege e, desta vez, com o apoio de antigos opositores, como ACM Neto (nova linhagem carlista).

Bom, fato é que após garantir mais quatro anos à frente da prefeitura de Salvador, a primeira medida de João Henrique foi elevar o valor do nosso caótico transporte público urbano – o buzú – de R$ 2,00 para R$ 2,20. Desde 2003, este é o terceiro aumento feito pela administração do “menino do papai” (como é ironicamente chamado pelo apresentador Raimundo Varela). Muito longe de querer ver a repetição do ocorrido anos antes nas ruas da cidade, o prefeito agiu estrategicamente e aproveitou as férias escolares para atacar. Sabendo que seria pouco provável haver manifestações nesse período à alteração na tarifa dos ônibus foi feita e mantida sem qualquer problema.

Hoje, na tradicional caminhada da lavagem do Bonfim, o prefeito presenciou algumas manifestações de estudantes indignados com tal aumento. Porém, após um dos seus seguranças agredir um dos manifestantes, João Henrique tratou de se retirar do local acobertando o acusado. Polêmicas à parte, isso nos mostra como o povo é desrespeitado, até mesmo quando muitos políticos dependem dos nossos votos para fazer parte da corja que detém o poder.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

SEPULTURA DO BRASIL!
Por Led Beslard


Sepularmy.net

O melhor de todos os tempos!!!! É como descrevo o primeiro show da nova turnê do Sepultura aqui em Salvador, no último domingo (11/01/2009).

Às 20h as luzes da Concha Acústica se apagam. Os gritos eufóricos dos fãs são incorporados à emocionante melodia da introdução A-Lex IV. Logo chegam ao palco Jean Dolabella (bateria), Paulo Jr. (baixo), Andreas Kisser (guitarra), executando A-Lex I. Em seguida Derrick Green se junta à banda mandando Moloko Mesto, Filthy Rot e We've Lost You, seqüência do novo álbum já cantada por muitos.

Enquanto a platéia buscava tomar fôlego, eles não davam trégua e seguiam com Refuse/Resist, Dead Embryonic Cells e Convicted Life. O som estava ótimo e a iluminação impecável. O sepultura, que tem técnicos próprios, mostra extremo profissionalismo na condução do show. Tudo segue perfeitamente bem. A apresentação acontece com bastante naturalidade sem parecer mecânica. O entrosamento dos músicos, mesmo com a recente chegada de Jean à banda, é espetacular.

What I Do, mais uma inédita, embalava a galera com um groove fabuloso. Attitude e outras duas novas canções, A-Lex II e The Treatment, mostravam aspectos diferentes ao mesmo tempo em que características próprias do Sepultura eram evidentes, e então ouvia-se Ostia.

Andreas saúda o público e relembra a primeira vez em que tocaram em Salvador, em 1991, durante a turnê do Arise, quando muitos ali ainda não tinham nem nascido. Isto para anunciar uma música daquela época, Desperate Cry. Eis que Derrick brinca: “então, toca logo aê mano”. Risos gerais. A música foi emendada com Escape To The Void, cantado por Andreas, passando por Beneath The Remains, retornando às mais atuais Sepulnation e Territory.

O show foi bastante descontraído e Andreas brincava com riffs manjados pela galera, até Metallica rolou; até puxar pra valer Orgasmatron, que na verdade não foi tocada por completo. Enough Said fechou o grupo de canções do disco A-Lex, e Arise finalizou a primeira parte do show.

Após o chamado ensandecido dos fãs, Jean e Andreas retornam ao palco com uma moderna versão de Kaiowas. Depois, todos juntos seguem com Come Back Alive e apresentam um convidado mais que especial: Jairo “Tormentor” Guedes, primeiro guitarrista do Sepultura. Foi anunciada a primeira composição feita pelo Sepultura: Necromancer, seguida por Troops Of Doom, um dos maiores clássicos da banda. Além da cover do Motörhead, tocaram a inusitada Blitzkrieg Bop, do grupo Ramones, que levou o mais extremo metaleiro a pular ao som do punk rock pesadão na versão da banda. Às 21h35, encerrando a noite com chave de ouro, detonaram Roots Bloody Roots para alegria de todos os presentes.

Definitivamente, o Sepultura está bem longe de ser enterrado (como muitos pensavam)., Apesar das dificuldades enfrentadas com as saídas de seus fundadores, os irmãos Cavalera, a banda mantêm-se forte e inspirada. A-Lex é um disco fantástico, ao nível de todos os anteriores. Parabéns ao Sepultura pelos 25 anos de existência!

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

CAPÍTULOS DIÁRIOS
Por Led Beslard



Segredos guardados em palavras contidas
Nos rascunhos pilhados, lembranças.
Passado de uma vida menina.

Rostos belos, belos cenários.
De personagens vários,
Vários nomes escolhidos.
Entre olhares marcados,
Por desejos velados
Tão jovem entre tantos,
Tantos encantos desconhecidos

Imaginassem apenas orgulhosos consangüíneos
Que em noites vãs fosse submetida
À aventuras por quartos, corpos, toques
De indivíduos indiferentes a imaculada em questão
Maliciosa a contraposto vil

Criado e sustentado
Verdadeiro e único amor
Por engano residido
(dito isto, se banalizado não lhe tivesse sido).
Disperso os destinos
Cruzados sentimentos projetados
Em lágrimas fortes
Ao coração doce encontro
Assinalado na contramão
Da vontade de para sempre
Ser o que tiver que ser
Partido pela dor e rancor
Até então vividos

Entre outros persistentes
Mais um comum ente concebido
Por motivo único e pleno
Esquecimento por meio outro envolvimento
Visto a angústia pelas recordações
Das paixões mal resolvidas

Livre em expressão
Nascida situação
Constrangida conduta
Individual ser inerente
Ação ambiciosa intenção
Comumente respeitável
Não obstante receoso
Efeito real futuro
Colateral proporção
Unicamente pessoal
Revolta adquirida
Não permitida revelação

Mas, na qual razão pessoas, fatos,
Aspirações ditas insignificantes em memória
Escritas nas ocultas entrelinhas
Da parte que não me permitiu ser história presente
Persiste em novo ambiente, conservadamente, existir?

Propositalmente confirmas
Saudades alegres saudades
A sete chaves
Tristes momentos em cinzas
Longe dos alheios olhos
Curiosos por toda vida.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

ATROCIDADES VS. RESPEITO.
Por Anderson Souza



No final do ano passado, participei do Processo Seletivo Simplificado – REDA (Regime de Direito Administrativo), promovido pela UEFS (Universidade Estadual de Feira de Santana). Ainda não obtive o resultado da prova, mas todo o processo serviu para uma reciclagem pessoal, além de despertar uma análise dos tipos de jornalismo que presenciamos hoje, principalmente nas televisões.

Segundo o Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros, “é dever do jornalista respeitar o direito à privacidade do cidadão”, mas não é difícil perceber que a realidade é outra. O programa Na Mira, exibido pela TV Aratu, apresentado por Uziel Bueno, é o que podemos considerar como isento de tais critérios. Particularmente, esse tipo de jornalismo não me agrada em nada. Ainda que as imagens exibidas façam parte da realidade, não compreendo a necessidade de mostrar na integra corpos fuzilados, sobretudo nos horários em que são veiculadas (7h e 13h).

Sou contra a censura. Porém, é preciso bom senso e responsabilidade ao se transmitir imagens tão degradantes e desnecessárias para o entendimento da notícia. Por outro lado, ainda baseado no Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros, “a informação divulgada pelos meios de comunicação pública se pautará pela real ocorrência dos fatos e terá por finalidade o interesse social e coletivo”; portanto, o programa só existe porque tem quem assista. Parece-me que o povo gosta mesmo é de ver a desgraça alheia, só não sei se isso agrada à família das vítimas.

Mas, algo realmente me intriga! Suponhamos que o apresentador, ou qualquer um outro que faça parte da produção desse que considero um circo dos horrores, fosse encontrado morto com marcas de tiros na cabeça e na boca, por exemplo. Será que a emissora exibiria as imagens da cena do crime, repetindo-as alternadamente com os comentários do apresentador (que, em grande parte, se restringem à frase: “o sistema é bruto”) e bordões patéticos da “coisa” (que me perdoe meu colega Valdeck!)? Será que o programa agiria de modo semelhante ao que faz diariamente em se tratando dos desconhecidos?

Bom, apesar de tudo isso, tenho a opção de mudar o canal ou até mesmo desligar a tevê. Contudo, seria mais interessante que emissora, produtores e jornalistas repensassem a maneira de abordar certos conteúdos, além de como é importante trabalhar com ética e respeito ao público.

sábado, 3 de janeiro de 2009

O SIGNIFICADO...
Por Led Beslard


Foto: Led Beslard

Olá, pessoal! Em 2007 compus a música que dá título ao blog para a banda Harzoth. Aquele momento era novo para mim, pois havia alguns anos que não tocava em uma banda. Após significativos shows, a banda se desfez. Mesmo com muita especulação sobre a separação do grupo, os verdadeiros motivos nunca foram explicitados. Não estou aqui para fazê-lo agora, porém, acredito a mensagem não foi compreendida. O tempo passou e, apesar das cicatrizes, o que foi dito na letra permanece vivo. A banda pretende voltar com outros músicos, novas cabeças e inspirações diversas. O ano de 2009 será de renovação e de grandes expectativas.

E esse também é o espírito do nosso blog. Analisem a letra e assistam à apresentação da Harzoth no Palco do Rock de 2008. Contamos com a atenção e participação efetiva de todos. Nos veremos em breve...

AMBIENTE COLETIVO
Letra e Música: Led Beslard

Em metamorfose na luz dos novos tempos
Renovado os objetivos
Socializando as idéias, aprendendo com nossos erros.
Nossas diferenças em comunhão

Ambiente coletivo
Vidas distintas em transição
Superando nossos limites
Mentes abertas em (r)evolução.

A intolerância deve sucumbir ao respeito
A confiança não pode se abater pelo medo

Renasça das cinzas da desgraça
Enquanto a tempestade passa, futuro nebuloso.
Seja bem-vindo e boa sorte.
Reaja, erga sua carcaça,
Manifeste vida a novos pensamentos,
Porque só lembranças não constroem.

Ação transitiva?
Não.
Ação imanente!!!

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

O INÍCIO...
Por Anderson Souza


Foto: Led Beslard
Este blog destina-se a tratar de assuntos diversos, desde as artes (música, cinema, teatro, literatura, etc.) até os problemas sociais. Curiosidades, situações inusitadas e, ainda – por que não? – desabafos pessoais serão temas abordados. Na maioria das vezes o estilo será jornalístico, com linguagem narrativa ou opinativa, de modo a possibilitar a participação do leitor através de críticas, opiniões e sugestões; ou seja, este pretende ser um campo aberto às discussões.

Inicialmente, os textos serão disponibilizados às terças, quintas e sábados. Os intervalos entre esses dias serão propícios para os comentários, os quais poderão ampliar a interação.

Bem, sendo o primeiro post no primeiro dia do ano, desejamos um 2009 de muito trabalho, oportunidades e respeito entre as pessoas.

Nossa dica é que reflitamos sobre tudo de bom e de ruim que fizemos e/ou deixamos de fazer. Assim, poderemos fazer deste novo ano um período de mais tolerância, menos violência e, consequentemente, de mais alegrias.