terça-feira, 25 de dezembro de 2012

AGRESSIVOS MADE IN BAHIA

“Em 1997 já estávamos em estúdio, mas nosso primeiro show foi em 1998 não gostávamos da ideia de tocar sem ter um repertório bem feito”. (Wendel Barreto - Vocalista).
Em 1997 três jovens resolveram se juntar para formar uma banda e com intuito de fazer um som simples e direto, está nas ruas a Agressivos. É hora de partir para ensaios e depois de um ano de aprimoramento, em 1998, acontece o primeiro show em Cajazeiras, depois da saída de Luciano e entrada de Juninho, baixista. A partir daí veio o amadurecimento musical.

Novamente mudanças, era preciso experimentar para arrumar a casa. Saí o baixista Juninho para a entrada de Rafael Porcão. Porém, a banda é pega de surpresa com estado de saúde do baterista, o grande Urso. Apesar da grande tristeza, é preciso continuar. Badu Bessa assume as baquetas, o que viria a ser extremamente fundamental para o entrosamento e continuação da banda.

Mas, as mudanças estavam apenas no início. Com o retorno de Juninho agora como guitarrista fazendo dupla com Humberto, depois de uma grande apresentação no Palco do Rock, Humberto deixa a guitarra e após uma breve e também valorosa passagem de Josias (ex-Tharsis), a guitarra é competentemente assumida por Juninho, iniciando uma nova Agressivos. Após primorosa contribuição de Rafael no baixo, o mesmo sai da banda e deixa que o destino faça com que Jadson assuma de forma magistral as cordas mais graves de todos os tempos e esta é a nova formação.

Em constante evolução e entrosamento foi no Ital Studio que eles resolveram criar o conceito For Life, o grupo está fechado, Agressivos é para vida, o que mais importa agora é fazer o som pelo som. Agressivos toca em diversos locais da cena underground soteropolitana: Cajazeiras, Castelo Branco, Piedade, Federação, Rio Vermelho. O público só aumenta. Palco do Rock (PDR), MetalMoc (Minas Gerais), divisão do palco com a Jason, Muketa di Rato, Vivisk (Japão) Fucker on The Beach (Japão), entrada forte em estúdio, gravação e lançamento do CD e produção do clip oficial da música "Só Entra Quem Guenta". Um breve resumo para uma banda com 15 anos de pista, aterrorizando os palcos, tretando tudo, firme e forte!

Sabe dos planos? É, produzindo o próximo CD!


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quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

CARNE? NÃO, OBRIGADO!, por Led Beslard


COBAIAS

Experimentos secretos, experiências sangrentas,
Vidas inocentes esperando para morrer.
Organismos diferentes testados inutilmente.
Vítimas da estupidez humana. Não, não!
Cobaias...
Ensaios científicos alterando as espécies,
Mutações sintetizadas em fase terminal.
Cobaias...
Violência, desrespeito, indiferença, tortura,
Cativeiro, exploração, sacrifício animal.
Parem com a matança, vivam e deixem viver
Eu sou vegetariano. Há treze anos decidi abster-me do consumo de carnes de qualquer tipo. Tive que me adaptar a essa nova fase da minha vida. Essa mudança foi gradual, pois primeiro parei com a carne vermelha, depois com as carnes brancas e por fim os frutos do mar. Muitos fatores contribuíram para essa minha atitude. O principal foi ter tomado consciência de que os animais não devem sofrer, nem perder suas vidas para satisfazer nossos desejos, sejam eles quais forem. Com isso, percebo o bem que faço a mim mesmo, aos animais e ao meio ambiente.

Alguns argumentos, levantados por aqueles contrários à proteção animal, já se tornaram verdadeiros mitos, como a alegação de que as plantas e os vegetais também sofrem. Ou acusar àqueles que se decidem por uma alimentação alternativa de "seguidores de determinada doutrina". Geovana Monteiro, doutoranda do curso de filosofia da UFBA, vegetariana há quase quatorze anos, afirma que "isso é constante e só demonstra o quão ignorante são as pessoas que comparam, por exemplo, o complexo sistema nervoso de um animal com o reduzido sistema nervoso de uma planta. Isso é indiscutível, os animais sofrem em proporções bem maiores que os vegetais". E reage, dizendo que "esta é uma escolha pessoal, que independe de religião, culto a saúde ou até de seguir a moda do momento, isso é uma questão de ética. Não divulgo nem tento convencer as pessoas de não comer carne. Vejo que se trata de uma necessidade individual pela busca de informações, para assim refletir sobre o assunto e escolher o caminho que considerar correto".

Infelizmente, centenas de milhões de animais são mortos ou sofrem qualquer tipo de agressão para servir ao homem de alimento, matéria prima para produção de inúmeros produtos comercializáveis, além de viverem como cobaias para testes em laboratórios. Organizações não-governamentais tentam inibir estas ações, promovendo manifestações, com a divulgação de todas as violências aplicadas aos animais, além de informar como reverter todo esse processo criminoso. Outras instituições*, por sua vez, tentam frustrar a participação, crescente e coletiva, das pessoas aderidas ou simpatizantes do vegetarianismo, tentando justificar a necessidade da morte dos animais, para produzir quase tudo que é consumido pelo homem.

Além do óbvio consumo de carne, isso vai do couro que oferece sapatos, bolsas, cintos; do sebo, que abastece indústrias de sabão, de cosméticos; até os cascos e chifres, que são utilizados na confecção de artesanatos e na composição do pó de extintor de incêndios. A mim, só fez confirmar o que eu já acreditava: a superioridade dos homens está no seu poder de destruição e não na sua capacidade de raciocinar.

Não só as organizações lutam por essa causa, que considero digna. Alguns artistas e bandas de rock também participam ativamente dessa conscientização coletiva, como o eterno Beatles, Paul McCartney (na canção "Looking for Changes" - Buscando Mudanças", diz: "...todos nós estaremos buscando mudanças. Mudanças na maneira como tratamos nosso semelhante...", referindo-se ao gato, ao coelho, ao macaco e ao urso, personagens que seguem na letra da música e no vídeo Paul Is Live in concert on the new world tour), a cantora Rita Lee (na luta contra os rodeios), as bandas NOFX (a capa de um de seus discos mostra algumas vacas à mesa degustando um banquete de carne humana), Sepultura (no clipe da música "Convicted in Life", são exibidas cenas do documentário produzido pelo grupo PETA - People for the Ethical Treatment of Animals (Pessoas pela Ética no Tratamento de Animais), onde animais são barbaramente assassinados) entre muitas outras.

Na busca de um estilo de vida mais saudável, é crescente o número de pessoas que aderem a uma dieta natural. Mas ainda hoje muitas pessoas comentam e questionam sobre o porquê de eu não comer carne. Sinto-me como um alienígena, alguém diferente de todos simplesmente por não querer compartilhar com tal crueldade. É triste perceber que uma postura ética e cidadã, costuma ser ignorada e ridicularizada por muitos. Sacrificar um animal ainda não é considerado um crime. E ao contrário do que se costuma dizer dos vegetarianos, não estou tentando impor minhas convicções, apenas evidenciando algo que considero extremamente relevante para uma significativa mudança nos modos de agir e de viver do ser humano.

COBAIAS. Letra: Led Beslard, Luidi Pussente, Geovana Monteiro. Música: Led Beslard. Faixa: 03. Disco Sobreviver (Set/2001). Banda Nebória.
*"Você Sabe Para Que Serve Um Boi?", Autor: Leandro Bovo, médico veterinário pela UNESP Jaboticabal e Gerente Administrativo do SIC, http://www.sic.org.br/praqueserve, acesso em 11/05/2007.